Diluindo os contornos entre o mundo natural e o artificial com um único gesto, a primeira exposição solo do artista dinamarquês-islandês Olafur Eliasson, intitulada Riverbed (Leito Fluvial), leva o ambiente externo para o interior do museu.
Recriando uma enorme e encantadora paisagem composta por um leito fluvial de solo rochoso o artista se inspira profundamente na arte site-specific. A localização do Louisiana Museum of Modern Art na costa dinamarquesa confere um caráter cru, elemental e poderoso que se estende até o edifício como uma grande intervenção transformada em obra de arte.
A exposição de Eliasson questiona o significado e experiência do próprio museu, e as complexidades da relação entre o artista, o edifício e o espectador. Grandiosa e, ao mesmo tempo, humilde, a instalação subleva as expectativas do visitante e dança entre as definições do observador e participante. Ao explorar o processo de habitar o espaço, Eliasson direciona a atenção do visitante para a própria obra, encorajando o visitante a explorar a paisagem. Assim, o visitante está, simultaneamente, na exposição e sobre ela.
Ao produzir uma paisagem, o artista evoca um sentimento primitivo de liberdade. Evitando expectativas tradicionais de comportamento e, embora associado a museus, Eliasson se livra de informações superficiais através do vazio da paisagem. Não há nada nas paredes e não há expectativas quanto às ações e experiências espaciais, o que permite uma liberdade de reflexão, pensamento, experiência sensorial e auto compreensão.
Completando a exposição há uma série de vídeos (Your Embodied Garden, Movement Microscope, e Innen Stadt Aussen) que enfatiza o movimento, ao passo que o Model Room proporciona uma visão sobre o processo artístico de Olafur Eliasson.